ENNIGE SHALTY 24

ENNIGE SHALTY 24 – As quatro bibliotecas.

-          O quê? Do que você está falando?

-  Sei que seu ígnea te deixou e não irá voltar se você não conseguir uma coisa, mas o que é já não sei.

-  Estava preso contigo em Launyburg esqueceu? Ouvi você falando com seu ígnea, não sei o que ele disse, mas ouvi o que você estava falando.

Kyo o olhou assustado. Bernard era realmente muito esperto.

- Então você sabe. Ele me disse que tenho de descobrir seu nome verdadeiro.

- Então ele não lhe disse seu nome verdadeiro. Típico de um tipo inferno. Mas ele deu uma pista de onde começar?

Eles voltaram a andar.

- Não. Fez pior. Disse que em mais de 800 anos ninguém conseguiu descobrir seu nome.

- Entendo. Ele especificou alguma data ou falou mais de 800 anos?

- Ele disse uma data certa, 800... 800... 814 anos.

- Ótimo! Temos por onde começar, e você sabe algo mais coisa sobre o Paeche? O que ele era ou onde morava.

- Sei que ele é um ninja. Pelo menos é o que sentia. E pelas armas que podia usar, eram shurikens, armas ninja.

- Sei o que fazer para começar. Temos uma boa pista, um ninja que viveu há 814 anos. É complicado, mas podemos dar um jeito. Tem um lugar excelente para começarmos a procurar vamos?

- Ainda não. Tenho de ir até o hotel pegar umas coisas no quarto do general Hainfelner.

- Como o que, por exemplo?

- Você vai ver.

Kyo continuou andando seguido por Bernard.

- Ora só que vejo. – Poison ao longe avista Kyo. – Demorou, mas consegui te achar.

Ele saiu da lanchonete onde estava seguindo para a central de correio.

- Chegamos. – Kyo falava com Bernard.

- O que veio pegar aqui?

- Minhas armas.

Bernard o observava. Armas? Será que o general o ensinou a usar alguma arma. Os dois entraram no quarto. Em uma parede estavam diversas armas, sabres, espadas, uma montante e sobre uma mesa mais armas manoplas, pistolas, facas.

- Qual delas é sua? – perguntou Bernard.

- Todas. – respondeu pegando todas as armas e as organizando.

- Como assim? – Bernard o olhava assustado. Ele usava todas essas armas? O que o general o ensinou durante esse tempo.

- Eu uso todas. Estou pronto. Vamos?

Kyo saiu da sala e Bernard, abismado, o seguiu.

- Para onde vamos agora.

Bernard ficou calado. Quando se tocou que Kyo o fez uma pergunta tentou um raciocínio rápido.

- Para a biblioteca de Sava. Uma das quatro maiores bibliotecas do continente.

- Como assim?

- Existem quatro bibliotecas conhecidas como milenares. Elas possuem arquivos de até 2000 mil anos atrás e só o exército pode utilizá-las a fundo. Uma delas está aqui em Sava.

- Por isso disse que poderia me ajudar. Se pesquisarmos nessas quatro bibliotecas podemos achar o verdadeiro nome de Paeche.

- É isso mesmo.

- Então vamos logo.

Kyo apertou o passo e Bernard o seguiu resmungando algo para ir mais devagar.

- O que foi Do-chan? – perguntou a bibliotecária para a garota de cabelos verdes.

- Nada. Só um pressentimento. Acho que hoje vai ser um dia longo. – voltou a ler seu livro ajeitando os óculos.

To be continued...

Ennige Shalty 23

ENNIGE SHALTY 23 – Reencontro

Parte 2.

- Vamos conversar. – começou o General Morgan – primeiro falem como foi seus treinamentos.

Todos estavam juntos na mesma sala onde se encontraram a primeira vez há um ano antes de saírem para treinar com os ex-generais do exercito. Depois do incidente na cidade abandonada de Lunnyburg Kyotto e Luana decidiram que queriam ficar mais fortes. Hoje voltaram ao mesmo lugar onde tomaram essa mesma decisão. Ambos encaravam o General.

Kyo não usava mais as roupas antigas. Estava trajando uma camisa vermelha, calças e botas pretas, além da jaqueta, também preta, com a estampa de uma espada prateada nas costas.

- Luana, você pode começar. – disse ele.

- Tudo bem. – ela começou. – Primeiramente meu treinamento foi realizado bem ao norte, nas Montanhas do Lago dos Titãs. A senhora sua mãe me levou para seu castelo e iniciou meu treinamento físico e mental. Além dos ensinos de boas maneiras e estudo avançado. Conclui tudo que me foi passado em dez meses...

Ela parou quando reparou que Kyotto a olhava fixamente e de boca aberta.

- O que foi? – ela perguntou.

- Eu não acredito nisso.

- Em que? Está dizendo que estou mentido?

- Não isso. Acredito que esteja falando a verdade. O que não acredito que seu treinamento foi em um castelo nas montanhas cheio de comida e cômodos confortáveis. E o meu...

- O que tem o seu?

- Passei um ano inteiro isolado do mundo sendo atacado constantemente por assassinos, sem comida e nem podendo dormir ou tomar banho.

- Serio? Legal.

- LEGAL! SE VOCÊ ESTIVESSE NA MINHA PELE NUNCA IRIRIA QUERER PASSAR POR AQUILO NOVAMENTE! Aquele velho é maluco de pedra. Contratou quase dois mil assassinos para tentar me aniquilar dia e noite. Além de mandar aquele rareff dele que também quase me matou dezenas de vezes. Não conseguia dormir direito, não tinha comida. Foi horrível! Enquanto isso ela ficou em um castelo tendo um treinamento descente.

- Castelo é coisa de mulher. Homem tem de estar constantemente sendo atacado por diversos tipos de assassinos em uma ilha deserta. – respondeu o ex-General Hainferner.

- VOU ACABAR COM SUA VIDA SEU VELHO DOENTE!

- Não fiquem muito estressados. Acho que isso é o suficiente. Agora tenho uma pergunta para vocês. Acham que ficaram mais fortes?

- Sim. – os dois responderam sem pensar.

- Excelente. Agora se vocês quiserem volta para casa fiquem a vontade. Posso mandar vocês no próximo trem se quiserem.

- Sim, se possível. – respondeu Luana com um sorriso.

Kyo ficou calado por um momento. Mogan o olhava.

- Tem alguma coisa que queira me falar Kyotto?

- Sim general. Não irei voltar para casa. Pelo menos não agora.

- O que? – Luana estava mais confusa que nunca. Por que aquilo agora?

- Tenho um assunto importante para resolver antes de qualquer coisa, então não poderei voltar para casa. Seguirei meu caminho de agora em diante.

- Kyotto, se você pensa que vou segui-lo está enganado. Irei retornar para minha cidade com ou sem você.

- Em nenhum momento pedi para que fosse comigo a lugar algum. Primeiro que fiquei nessa confusão por tentar ajudar você. Você vai para casa. Seu problema já está resolvido. De agora em diante podemos tomar rumos diferentes.

Luana o olhava. O silencio reinou naquela sala por algum tempo. Foi Kyotto quem o quebrou.

- Não existe nada que nos ligue daqui para frente. Somos de dois mundos diferentes e você sabe disso. Siga seu destino que seguirei o meu. De agora em diante será apenas eu e não nós. Não existe laço que nos una. Adeus Luana Miath. Desculpe e licença a todos.

Kyotto se levantou e sai da sala. Luana não falou nada. Ficou apenas de cabeça baixa pensando.

- Ele está certo. Nós pertencemos a dois mundos diferentes. Se ele não me ajudasse naquela vez ainda estaria em Tancassy. General Morgan, por favor, prepare o trem para mim se puder.

- Claro.

Luana também levantou-se e foi para um dos quartos daquele apartamento.  Julieta olhou para Yamamoto. General Morgan olhou para os ex-generais e viu seus olhares se encontrando. Viu naquele momento que os dois estavam pensando nas mesmas coisas.

- Kyotto-san. - Kyotto estava andando nas ruas da cidade.

- Bernard? O que faz aqui?

- Posso te ajudar em uma coisa.

- Uma coisa? Em que?

- Como começar.

- Começar o que?

- A procurar o nome de seu ígnea.

Kyo o olhou absorto.

To be continued...

2° Saga Ennige Shalty

Você esperou e finalmente chegou. A segunda saga de Ennige Shalty começa agora com muitas aventuras e emoções. Veja abaixo uma pequena lista das datas de lançamentos dos episódios:

10/03/11 - ES 22 - Reencontro parte 1
17/03/11 - ES 23 - Reencontro parte 2
25/03/11 - ES 24 - As quatro bibliotecas
08/04/11 - ES 25 - A biblioteca de Sava


Os primeiros posts serão lançados na quarta, mas voltaremos para o dia normal, sexta feira.

Ennige Shalty 22

Saga 2 – O nome Perdido

Cidade de Sava. Um ano e alguns dias após a partida de Kyotto e Luana para o treinamento.

- Quando eles chegarão Bernardo? – perguntou General Morgan.

Morgan estava sentado na mesma poltrona de um ano atrás onde havia conversado com Kyotto e Luana falando sobre seus treinamentos.

- Parece que Luana-san chegará daqui a pouco com sua mãe, mas Kyotto-san vai demorar um pouco mais.

- Estou ansioso para ver o quanto eles amadureceram.

ENNIGE SHALTY 22 – Reencontro

Parte 1.

Uma hora e meia depois.

- Estavam esperando por mim, não!?

Luana entrava na sala. Parecia um pouco mais velha, mas, estava linda. Usava um longo vestido azul celeste e seguia acompanhada por Julieta Morgan, mãe do General Morgan.

- Luana-san, quanto tempo! – respondeu Bernard animado.

- Estávamos esperando por vocês. – o general levantou-se para cumprimentá-las. – Como estão?

- Ótimas! Terminei meu treinamento há dois meses e pude aproveitar um pouco a cidade onde estava.

- Há dois meses?

- Sim. – a senhora Morgan se encarregou de responder – Essa garota é bem promissora. Terminou seu treinamento antes do prazo estipulado por mim. Inteligente, culta e bonita. Faz-me lembrar de mim mesma quando era jovem.

- Mãe melhor parar com isso. Está me dando agonia.

Luana cumprimentou o General Morgan e os três foram se sentar ao sofá.

- Kyotto ainda não chegou? – perguntou Luana ao general.

- Ainda não – foi Bernard que respondeu – eles estão a caminho.

- É bem típico dele não chegar na hora.

- Quanto falta para chegarmos? – perguntou o ex-General Hainferner para seu subordinado dentro do trem a caminho de Sava.

- Menos de 10 minutos.

- Excelente.

- Não vai acordar ele? – o subordinado do ex-General apontava para Kyotto que dormia banco a frente.

- Não. Acordarei ele quando chegarmos. Ele deve estar muito cansado, seu treinamento acabou a menos de 7 horas.

- Entendo.

- Onde estão eles? – começou Luana – estamos esperando há quase uma hora.

- Não fique assim Luana. Aquele velho sempre se atrasa. – a senhora Morgan a consolou.

  Ouve uma batida na porta. Bernard levantou-se e abriu.

- General Morgan o ex-General Hinferner chegou.

  Bernard se afastou da porta voltando ao lado do general. Da porta apareceu aquele velho gigantesco e moreno.

- Cheguei. – disse ele entrando na sala e sentando-se em um dos sofás.

- Prazer em revê-lo Yamamoto. – o General Morgan dirigiu-se a ele.

- Sim, claro.

- Onde está o idiota? – perguntou Luana ao ex-General.

- Meu aprendiz. Sim, ele é mesmo um idiota. Deve está vindo.

- Ele não subiu com você? – perguntou Bernard.

- Subiu, mas falei para ele deixar minha bagagem no meu quarto.

- Quanta bagagem você trouxe para o garoto demorar tanto? – perguntou a senhora Morgan.

- Apenas 17 malas.

- O que tinha nas malas.

- Deixe-me ver. Uma tinha minhas roupas, outra minhas armas de fogo e apenas 15 balas de canhão super pesadas.

- Para que você vai querer balas de canhão?

- Para atirar oras. E para fazer aquele idiota trabalhar.

- Isso é bem a sua cara.

Ele começou a rir. Alguns minutos depois se ouve batidas na porta. Bernard a abriu novamente.

- MALDITO! – gritou Kyotto pulando dentro da sala. – PARA QUE DIABOS VOCÊ QUER BALAS DE CANHÃO!

- Para atirar. Por que todos estão me fazendo esta pergunta?

- VELHO MALDITO VOU MATAR VOCÊ!

- Calma Kyotto-san. Não precisa se estressar.

- Bernard! Quanto tempo!

- Sim. Faz um mesmo um bom tempo.

- Kyo? – Luana se levantou e olhava para ele.

- Fala Luana! Como está?

Kyotto a olhou de cima abaixo. Reparou no longo vestido azul celeste e no cabelo muito bem feito. Ele a olhou sem dizer uma palavra se quer. Ao contrario dele Luana caia na gargalhada.

- Por que está rindo?

- Esse seu cabelo. O que você fez?

Kyotto não estava mais com os cabelos curtos e sim escorridos descendo até seus olhos.

- Não tive tempo de fazer muita coisa com ele. Deixei assim. E você o que acha que faz vestida de princesa?

- Não acho que estou vestida de princesa, sou uma princesa.

- Só nos seus sonhos.

- Quer morrer maldito?

- Kyotto Jiacche. Que grande prazer poder velo novamente inteiro. – General Morgan havia se levantado – Venha. Vamos nos sentar.

Kyo e Luana foram até eles e sentaram.

- Vamos conversar. – começou o General Morgan – primeiro falem como foi seus treinamentos.

To be continued...