quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ENNIGE SHALTY 16

Luana estava abismada com tudo aquilo. Se Kyo sabia que Bernard estava atrás deles por que não a contara? Estava deprimida e assustada. Kyo jazia no chão coberto pelo próprio sangue. Bernard e Poison a sua frente podendo matá-lo a qual quer instante. Sua estabilidade estava completamente abalada, nem Lylian podia ajudar. O que eles fariam agora? Era o fim...?


Episódio 16 – Sozinho. A verdade do Ignea.


- Vamos Poison pegue a garota e vamos sair daqui.

- Deixe me matá-lo de uma vez, você tentou matar-lo agora pouco e não quer me deixar terminar o serviço.

- Se eu quisesse mata-lo atiraria no coração ou na cabeça e não na barriga, além do mais ele não vai poder fazer nada contra nós de qual quer jeito. Você mesmo viu que ele é um fraco. Vamos levá-lo conosco também, ai não terá como ele nos atrapalhar.

Bernard apontou sua pistola para Kyo que estava jogado no chão. BUM. Acertou um tiro em sua perna, pouco abaixo do joelho. Kyo gritou com uma dor estrema, mas sem piedade Bernard atirou mais duas vezes no mesmo lugar. Kyo agora estava desesperado com a dor. Uma dor insuportável, Bernard acabou de quebrar sua perna. Ele não podia mais se mexer, só conseguia ficar ali parado sentindo a dor de ter uma perna quebrada por três tiros de pistola. Não poderiam fazer nada pior que isso a não ser matá-lo.

Poison estava sorrindo. Por que não pensou isso antes, uma coisa melhor que matá-lo era agonizá-lo com uma dor insuportável, uma ferida que não sararia tão rápido. Precisaria de meses e tratamento adequado. Com todas estas feridas que podem infeccionar e levá-lo lenta e dolorosamente a morte. Poison jogou Luana em seus ombros e começou a caminhar.

- Quanto tempo para sairmos dessa cidade? – perguntou a Bernard.

- Acho que mais quatro dias.

Poison bufou e recomeçou a caminhada em direção ao centro da cidade. Luana estava chorando. Não podia fazer nada. Kyo estava no chão, derrotado.

- LYLIAN – começou Luana ainda chorando – FIQUE COM KYO, ELE VAI PRECISAR DE VOCÊ MAIS QUE EU.

A pequena fada assentiu e subiu aos céus, até onde poderia agüentar e de longe fitava Kyo e Bernard.

- Você pensou que poderia derrotar a qualquer um de nós? Impossível garoto. Você é um fraco e sempre será um fraco. Nem mesmo seu ígnea quer ficar com você.

Kyotto ficou com um olhar vazio. O que ele quis dizer com isso? Não pode pensar mais nada, pois Bernard lhe chutou até que desmaiasse.

Quando Kyotto acordou estava dentro de uma cela. Aquela deveria ser a prisão da cidade. Tentou se sentar, mas foi mais difícil que poderia imaginar. Seu corpo estava despedaçado, como ele poderia ser tão fraco. Então, pensou no que Bernard havia dito:

“Nem mesmo seu ígnea quer ficar com você.”

O que ele quis dizer. Agora que parou para pensar, Paeche não parecia ter-lo ajudado muito em sua luta. Com grande dificuldade Kyo levantou sua mão para frente e invocou Paeche.

- Você me chamou? – perguntou o ígnea a seu senhor.

- Sim. O que aconteceu hoje – Kyo estava cansado, mesmo depois de ter ficado tanto tempo desacordado – por que perdemos tão feio?

- Nós não, você.

Kyotto ficou horrorizado com que seu próprio ígnea acabara de dizer.

- Como assim? Estávamos lutando juntos contra Poison, e perdemos. Ainda não consigo acreditar que não conseguimos acertar um único golpe nele.

- Por que fala de você mesmo na primeira pessoa do plural?

- Como assim? – Kyotto estava indignado com a atitude de seu ígnea – Não estou falando apenas de mim e sim de nós dois.

- Então é melhor você repensar no que vai dizer, pois não estou na sua descrição da batalha.

- Como assim?

- Garoto, aquele homem era um fraco. Poderia acabar com ele a qualquer momento que eu quisesse.

- Então por que não acabou. Por que perdi tão feio para ele.

- Por quê... Você é um fraco.

Kyo estava horrorizado com aquela cena. Seu próprio ígnea o chamando de fraco.

- Como você acha que me sinto tendo um senhor tão fraco.

- COMO VOCÊ PODE FALAR ISSO?...

- Você sabe o principio dos ígneas? – Paeche o interrompeu.

- Sim, claro. Os ígneas podem ser divididos entre dois tipos, céu e inferno. Cada um com seu tipo diferente de poder.

- E você sabe entre esses dois grupos onde estou?

- Claro que sim. Você pertence ao inferno.

- Isso mesmo. No inferno sou considerado o 8° demônio mais poderoso. Como você acha que me sinto tendo um senhor tão fraco?

­- Isso nós poderíamos resolver. Quase morri hoje, e você nem pensou em ajudar!

- Garoto você não ouviu nada que eu disse. Por que acha que fui para o inferno, por ser bonzinho? NÂO! Eu era um assassino. Matei milhares talvez milhões, e não me arrependo de nada que fiz até hoje. Por isso sou forte. E você que não consegue proteger nem mesmo uma simples garota. Se você quer mesmo saber nem ao menos te emprestei 1% de meu poder Maximo. O que eu queria mesmo ver era uma boa e gostosa morte, pois coisa melhor que isso não existe.

- Como você pode fazer isso conosco Paeche.

- Outra coisa que te mostra um fraco, tanto no corpo como na mente. Meu verdadeiro nome não é Paeche. Vamos fazer um acordo garoto. Não irei te ajudar em mais nada até que você descubra meu verdadeiro nome. Se fizer isso irei saber que ficou mais forte se não, aprenda a vencer suas lutas com suas próprias forças. Mas uma coisa, desde os tempos que ainda estava entre os vivos até hoje ainda existem pessoas que tentam descobrir meu nome. Durante 814 anos ninguém ao menos chegou perto de conseguir essa grande proeza. Adeus. – Disse ele antes de partir.

Kyotto observou aquela cena com sua boca aberta. Nunca poderia esquecer a felicidade no rosto de Paeche quando ia embora, dizendo que nunca mais queria ficar perto dele. Naquele momento Kyo prometeu a si mesmo que nunca mais seria chamado de fraco.

To be continued...

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